SINDICATO DOS ENFERMEIROS DO ACRE E SPATE-AC BUSCAM APOIO NO CRM-AC NA DEFESA DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE DO HUERB

O presidente do Sindicato dos Enfermeiros do Estado do Acre, enfermeiro e advogado Jebson Medeiros, juntamente com a presidente do Sindicato dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem do Acre (SPATE-AC), estão intensificando suas ações em defesa da enfermagem acreana e do Sistema Único de Saúde. Em virtude da preocupante situação em que vivem os profissionais de enfermagem do HUERB, os sindicalistas estão visitando as principais instituições responsáveis pela defesa do sistema de saúde no Acre e pedindo apoio e união a fim de que os problemas, pelo menos, sejam minimizados.

Hoje foi a vez de se reunir com a presidente do CRM-AC, Dra. Leuda Maria que recebeu, com muita cortesia, os sindicalistas da enfermagem. O presidente do Sindicato dos Enfermeiros, Dr. Jebson Medeiros expôs, sinteticamente, a grave situação em que passa o Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco-HUERB, onde a sobrecarga a que estão submetidos os profissionais de enfermagem - em alguns casos um técnico de enfermagem responde por mais de 10 pacientes e um enfermeiro por mais de 50 pacientes - resulta em sérios prejuízos para o tratamento prescrito pelos médicos, uma vez que a equipe de enfermagem não consegue dar conta da grande demanda de pacientes. “A situação é tão série que tanto a equipe de enfermagem, quanto os médicos já ultrapassaram o limite de suas capacidades humanas”, afirma Jebson.

A presidente do SPATE-AC, Sra. Rosa Nogueira expos o caso de uma técnica de enfermagem que, quando os sindicalistas estavam realizando a fiscalização trabalhista na enfermaria cirúrgica B, teve uma crise hipertensiva e foi levada as pressas para a sala de emergência. A profissional estava responsável por um número de pacientes muito superior a sua capacidade.

Os sindicalistas também relataram a falta de antibióticos e equipamentos necessários ao bom exercício profissional, que acaba afetando tanto os médicos, quanto os profissionais de enfermagem.

Pra finalizar, o presidente do Sindicato dos Enfermeiros entregou nas mãos da presidente do CRM-AC, ofício denunciando a falta de médico no Hospital Geral de Xapuri e que os enfermeiros já comunicaram a situação à direção do Hospital, mas, o fato vem ocorrendo reiteradas vezes, obrigando os enfermeiros a adotarem medidas de competência dos médicos para resguardar a vida dos pacientes, estabilizando-os até a medida de poder transferi-los para uma unidade hospitalar mais próxima de Xapuri.

“Os enfermeiros não podem ser omissos no atendimento de urgência e emergência, diante da ausência do médico no hospital, tendo que administrar medicamentos sem a prescrição médica e realizar procedimentos de competência médica para salvar a vida dos pacientes. Ou fazem isso, ou o paciente morre na unidade ou a caminho do hospital mais próximo. Por esses motivos nós vamos lutar com todas as nossas forças contra essa situação que está instalada em nosso estado. Não procuramos culpados, mas buscamos soluções reais”, afirma Jebson Medeiros.

Por fim, a presidente do CRM-AC garantiu que irá tomar as providências diante dos relatos apresentados e se colocou a disposição para firmar uma parceria em defesa de um Sistema de Saúde de qualidade, eficiente e eficaz para a sociedade acreana.

Ascom-SEE/AC-SPATE/AC

SINDICATOS DA ENFERMAGEM SE IMPRESSIONAM COM A REAL SITUAÇÃO DO HUERB

Em mais um dia de visita ao HUERB, os presidentes do Sindicato dos Enfermeiros do Estado do Acre e do Sindicato dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem do Acre (SPATE-AC) ficaram impressionados, mas não surpresos, com o que viram e ouviram da equipe de enfermagem e dos médicos do único Hospital de Emergência de Rio Branco.

Em reunião com o Enfermeiro Responsável Técnico do HUERB, Dr. Daniel, os presidentes dos Sindicatos Jebson Medeiros e Rosa Nogueira confirmaram que a escala de enfermagem encontra-se descoberta e há um gravíssimo subdimensionamento, o que está colocando em risco a vida dos profissionais de enfermagem, médicos e dos próprios pacientes que acabam não recebendo o tratamento medicamentoso de forma adequada, uma vez que, em uma das enfermarias, são 10 pacientes para cada técnico de enfermagem e 01 enfermeiro para 50 pacientes. “O quadro é gravíssimo!”, exclama a presidente do SPATE-AC, Rosa Nogueira.

Além do mais, constatou-se que uma gama de antibióticos não vem sendo fornecida aos pacientes, o que compromete gravemente o tratamento, deixando os pacientes submetidos a ação de bactérias potentes que podem levar a quadros de septicemia e morte.

A situação é alarmante, tanto que não importa se você tem plano de saúde ou não, se é rico ou pobre, se é político, juiz, promotor, empresário. Todos que tiverem um estado grave de saúde vão parar no HUERB e terão que ser estabilizados nas condições que foram observadas pelos sindicalistas.

Segundo o presidente do SEEAC, enfermeiro e advogado Jebson Medeiros, “não é possível que o governador não esteja vendo isso. Conheço o governador Gladson Cameli, sei que é um cruzeirense como eu, que luta por justiça social. Prefiro acreditar que sua equipe está escondendo a realidade sofrida dos profissionais de saúde do HUERB e da população acreana que está sendo atendida nessa unidade. Sua equipe não está me dando acesso ao mesmo, dificultando a realização de uma reunião onde precisamos apresentar a real situação daquela unidade de saúde. Vamos elaborar um relatório apontando tudo que vimos e encaminharemos ao COREN-AC, CRM-AC, OAB-AC, Ministério Público, Assembleia Legislativa e diretamente para o Governador Gladson Cameli. Com isso, esperamos ajudar os profissionais de enfermagem do HUERB e a população do nosso querido estado do Acre”.

Durante a visita observou-se que nem papel a Secretaria de Estado de Saúde está fornecendo para impressão dos documentos necessários ao desempenho das atividades, obrigando os profissionais de enfermagem a tirar dos seus sofridos salários para comprar papel para conseguirem trabalhar.

A realidade é crítica e se aprofunda pelo fato de que a alimentação fornecida está sendo comparada à ração.

Os sindicalistas prometem realizar uma paralização de advertência, caso as instituições, a serem informadas, não tomem providências para reversão urgente desse precário quadro em que se encontra o HUERB.

Ascom/SEEAC

SINDICATOS DE ENFERMAGEM NO ACRE SE UNEM PARA SOCORRER A EQUIPE DE ENFERMAGEM DO HUERB

O Sindicato dos Enfermeiros do Estado do Acre (SEEAC) e o Sindicato dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem (SPATE-AC) se unem para fortalecer a luta em defesa da enfermagem acreana.

Os sindicatos da enfermagem iniciaram uma série de ações de fiscalização nos hospitais do Estado do Acre para avaliar as condições de trabalho da equipe de enfermagem, iniciando pelo Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco, onde a situação é alarmante, uma vez que registraram a superlotação, o risco elevado de propagação de infeção hospitalar, o subdimensionamento da equipe de enfermagem que acarreta sobrecarga de trabalho, resultando em comprometimento na assistência ao paciente.

Médicos também relataram sobrecarga de trabalho, bem como nos informaram que com o subdimensionamento da equipe de enfermagem o tratamento médico fica comprometido.

A equipe de enfermagem também reclamou da alimentação que é oferecida pela instituição, relatando que a mesma não é saudável e nem atende as necessidades nutricionais.

Os presidentes dos sindicatos, Dr. Jebson Medeiros e Sra. Rosa Nogueira deixaram claro que vão continuar a visita de fiscalização na manhã do dia 26/07 e tentarão uma reunião com a direção do hospital e direção de enfermagem, sendo que, ao final do dia irão elaborar um relatório de fiscalização que será encaminhado ao COREN-AC, ao Ministério Público Estadual, ao CRM-AC, à OAB-AC (Comissão de Direitos Humanos) e à Assembleia Legislativa, para que essas instituições cumpram seu papel na defesa de uma maior qualidade na assistência de saúde prestada à população acreana no HUERB.

Se tudo isso não surtir efeito, os sindicalistas irão ingressar com uma Ação Civil Pública contra o Estado do Acre. Também, não descartam a possibilidade de uma greve geral, caso essa situação e outras mais não sejam resolvidas de forma amigável e urgente, uma vez que o bem maior da sociedade – a vida – está seriamente comprometida naquele ambiente.