Em mais um dia de visita ao HUERB, os presidentes do
Sindicato dos Enfermeiros do Estado do Acre e do Sindicato dos Auxiliares e
Técnicos de Enfermagem do Acre (SPATE-AC) ficaram impressionados, mas não surpresos,
com o que viram e ouviram da equipe de enfermagem e dos médicos do único
Hospital de Emergência de Rio Branco.
Em reunião com o Enfermeiro Responsável Técnico do HUERB,
Dr. Daniel, os presidentes dos Sindicatos Jebson Medeiros e Rosa Nogueira confirmaram
que a escala de enfermagem encontra-se descoberta e há um gravíssimo
subdimensionamento, o que está colocando em risco a vida dos profissionais de
enfermagem, médicos e dos próprios pacientes que acabam não recebendo o tratamento
medicamentoso de forma adequada, uma vez que, em uma das enfermarias, são 10
pacientes para cada técnico de enfermagem e 01 enfermeiro para 50 pacientes. “O
quadro é gravíssimo!”, exclama a presidente do SPATE-AC, Rosa Nogueira.
Além do mais, constatou-se que uma gama de antibióticos
não vem sendo fornecida aos pacientes, o que compromete gravemente o tratamento,
deixando os pacientes submetidos a ação de bactérias potentes que podem levar a
quadros de septicemia e morte.
A situação é alarmante, tanto que não importa se você tem
plano de saúde ou não, se é rico ou pobre, se é político, juiz, promotor, empresário.
Todos que tiverem um estado grave de saúde vão parar no HUERB e terão que ser
estabilizados nas condições que foram observadas pelos sindicalistas.
Segundo o presidente do SEEAC, enfermeiro e advogado
Jebson Medeiros, “não é possível que o governador não esteja vendo isso. Conheço
o governador Gladson Cameli, sei que é um cruzeirense como eu, que luta por
justiça social. Prefiro acreditar que sua equipe está escondendo a realidade
sofrida dos profissionais de saúde do HUERB e da população acreana que está
sendo atendida nessa unidade. Sua equipe não está me dando acesso ao mesmo,
dificultando a realização de uma reunião onde precisamos apresentar a real situação
daquela unidade de saúde. Vamos elaborar um relatório apontando tudo que vimos e
encaminharemos ao COREN-AC, CRM-AC, OAB-AC, Ministério Público, Assembleia
Legislativa e diretamente para o Governador Gladson Cameli. Com isso, esperamos
ajudar os profissionais de enfermagem do HUERB e a população do nosso querido
estado do Acre”.
Durante a visita observou-se que nem papel a Secretaria
de Estado de Saúde está fornecendo para impressão dos documentos necessários ao
desempenho das atividades, obrigando os profissionais de enfermagem a tirar dos
seus sofridos salários para comprar papel para conseguirem trabalhar.
A realidade é crítica e se aprofunda pelo fato de que a
alimentação fornecida está sendo comparada à ração.
Os sindicalistas prometem realizar uma paralização de advertência,
caso as instituições, a serem informadas, não tomem providências para reversão
urgente desse precário quadro em que se encontra o HUERB.
Ascom/SEEAC
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